quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ser, cara pálida? Eita cantada chinfrin...


simetrias embarcam espumantes
amantes a deslizarem soberbo sobre píncaros
de um lado, não tanto mas mais e mais
doutro, saltitante esvoaçar hirto e milongueiro

doutra parte, entrega-se o mouro à amante,
doce e adorado para ela, nunca inoportuno,
sempre bem-vindo, doce amado de saudade grande,
ele mesmo apenas a querer mordê-la inteirinha sempre.

estranho modo de ser apaixonado:
a regaliar-se com suas ancas,
a florescer um encochar a cada noite juntos,
a friccionar suas mucosas de diferentes maneiras.

Parece que isso é muito comum,
desde meninice, eles os brutos,
elas as maduras, serenas, decisivas
em nosso ser, no mundo, vida afora.

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